13 de jul. de 2012

Vivências #26

Encontrar o teu ombro
Recostar as desesperanças
Debaixo dos teus cabelos
O mundo em oculto

No coração que pulsa
Alentos na noite adentro
Meia luz no abajur
Um sofá, você e eu.

Vivências #25

As flores do meu Amor
Uma a uma
Morreram todas
Nem brisa chega a janela

O céu já não pinta azul
Na rua toda triste
Nem vira-lata passa lá
Queria tanto aquelas flores

Vivências # 24

São trapos, farrapos
Tudo que restou
Estirado no tapete
Que sombra me alcançou

Deste chão não me levanto
terror, terreno, tenso
É a vida
Um breve espanto.

Vivências #23

Me esqueci dos teus olhos
Nas manhãs de inverno
Do silêncio do quarto e
O cheiro de café
tudo é tão teu me nós
Que já não me atrevo
a dor de cada fôlego.

Vivências #22

Sei que renasço
              [com o fim do dia.
Desfaleço!
              [todas as manhãs.

Eu existo mesmo é nos teus braços.

Vivências #21

Incrível é a tarde
Que todas as tardes
se rende aos caprichos
da noite.

Vivências #20

Insano desejo
Pulsa em nós
Corpos latentes em pausa
Cheiro de pomar em flor
Des-controla-da-mente.

Vivências #19

Não existo.
Fui o vento forte
A garoa pela manhã
Brisa leve que passou

O vento forte e leviano
Folha lançada ao mar
Canção esquecida
de infância

Quanto a Poesia
Um sussurrar de corações tristes
No funeral da vida breve.

Vivências #18

Não,
Não sonhamos!
Fazemos mesmo
é realidade
Tão fictícia como
a própria vida.

Vivências #17

Com todas as forças
Contraía seu braço robusto
Contra meu rosto rosado

Inesquecível o remédio
do Papai contra minha
Primeira dor de dente.


Vivências #16

As horas
[comprimidas] entre nós
Em movimentos aleatórios
De sentidos puros
Uma xícara de café.

Vivências #15

A manhã, triste como um funeral
          [Chegou
A vida, inocente como uma criança
          [Recomeçou
Afinal,
Tudo é passagem.

Vivências #14

E o Sol,
O tão desejado
De um olhar só
Varreu a tarde da cidade
E nos deixou.