No final da ladeira, depois do Ipê-roxo
morava o garoto.
morava o garoto.
Olhos grandes num corpo franzino.
Todos as tardes sob o Ipê, no silêncio da rua, deixava-se enamorar dos pensamentos.
Da vida, pedia versos. Da menina, sua vizinha, pedia sorrisos.
O coração de pouca idade mal sabia acolher os sentimentos tão grandes.
O Ipê florescia todos os anos.
Todos os anos tudo florescia sob o Ipê.
Na ladeira
tudo florescia.
tudo florescia.