Encontre-me, Amada Minha.
Encontre-me, pois neste mar de solidão, não sei se conseguirei encontrar seus olhos. Anseio por seu perfume, pela suavidade dos seus braços, pela delícia dos seus movimentos.
Encontre-me antes que a solidão se aplaque sobre mim e então não sei se haverá vida em mim para te esperar.
Encontre-me, conquiste-me, alcance-me, envolva-me.
Na ânsia de ser encontrado por você fico imaginando como és;
Serás como a lua que conquista com seu brilho todos os amantes da noite;
Mas que em noites frias, esconde-se de forma tal que somente o Autor da Vida consegue saber de seu paradeiro?
És como o nascer do sol que até mesmo o mais morimbundo dos homens respira aliviado em sua presença?
Ou será que és como o silêncio? O silêncio que poucos encontram, o silêncio que se revela pela noite afora e se ausenta ao raiar do dia;
O silêncio que me enamora todas as noites, mas que quando abro os olhos me deixa, me abandona para que um mundo de sons me alcance.
Afinal como és?
Que olhos tens?
Que vida vive em você?
Que ar respira?
Que estrelas são essas que te ocultam de mim?
Que perfume é esse o qual ainda não conheci?
Que mundo vives?
Encontre-me! Outras vez, peço-te: Encontre-me, antes que a fria morte me aparte para sempre dos seus braços que abraçam, dos seus beijos que beijam.
Encontre-me!
Faz-me em você, a profunda realização de mim, que te completa.
Encontre-me.
____&____
M. Arioso
M. Arioso
Nenhum comentário:
Postar um comentário