24 de nov. de 2010

Inside ME #32

Não me perguntaram nada,
Apenas proibiram-me do tudo

Sou como um rio
Agora,  estancado.

Lembrança de outros seres,
Que como eu,
Navegaram essas águas,
Promessas de retorno
Por um caminho que já não existe.
Tudo agora termina em rocha;

O silêncio agora é minha companhia
Águas que não se agitam.
Círculos infinitos;
As mesmas margens,
Em outras rosas
Tudo é água, tudo é rocha.

Sempre noite, sempre noite

A beleza do sol resplandeceu
No gelo que me cobriu.
Tudo é água, tudo é rocha.

Até a poesia se esqueceu;
De retornar essas águas.

Não mais alegria;
Não mais verde;
Não mais pulsar de amor.

Tudo é água, tudo é rocha.

A vida se escondeu;

Sou como um tanque;
Que se tornou um rio;
Estancado.


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