24 de jan. de 2011

No meio da vida, havia uma pedra

Dedicado ao grande poeta: Carlos Drummond de Andrade

No meio da vida,
Uma pedra...
Havia uma pedra bem no meio da vida!...
Bem no meio da minha vida,
Havia uma pedra...

Como poderia esquecer
Algo tão transcendente?...
Apesar de minha memória
Tão renitente,
Lembrar-me-ei até morrer
Desta triste historia!

Ah, pedra traiçoeira,
Que armadilhou sempre
Esta vida decente…

Desde a hora da partida,
Havia uma pedra traiçoeira…
...Na minha vida!

Havia…
Mas já
Não há,
Essa pedra ruim...

É que um dia
Descobri em mim,
A alegria
Da poesia!...

Autor: Henri Cabilio
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamizade/173379
Sobre o autor: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=5175

8 de jan. de 2011

Inside ME #38

Da fragilidade das flores,
Elas não mentem.
Se o sol concede luz
Brilham, se abrem ao
Frescor do momento

Quando o vento se manifesta
Assombro é o que produz
Elas se encolhem, escondem,
Preservam suas pétalas, benevolente riqueza
Flores, não árvores.

Desafia-me a sinceridade das flores
Generosidade
Se o florescer vem
Não negam seu perfume
passante solitário
Emprestam beleza ao cortejo
triste funeral

Bem vindo é o beija flor
beijar teu seio;

Da simplicidade das flores
Vivem em silêncio,
Da solidão do alvorecer,
conquistam seus amantes
No oculto, majestosas Donas
Ocultam seus amores

E, a morte que logo vem,
Arrebatadora, forte, ela vem
Num ímpeto, um acorde,
Flores, luzes,
Solidão,
A morte. O recomeçar
Nova estação.