29 de out. de 2009

_O poema

Um poema como um gole dágua bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para
[sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa
[condição de poema.

Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza.


Por Mario Quintana em 80 Anos de Poesia, Editora Globo, S.Paulo, 2008, p.102

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