15 de jan. de 2010

&_Intenso

&_Intenso por Milton Arioso

Gosto da fragilidade das flores

Elas não mentem.

Se o sol concede sua luz

Elas brilham, se abrem ao frescor do momento.


Mas, se o vento se manifesta

E com intensidade anuncia o seu assombro

Elas se encolhem, se escondem

Para preservar suas pétalas. Afinal

Pétalas são a riqueza de uma flor.


Gosto da sinceridade das flores,

E de sua generosidade também.

Quando o florescer vem;

Não negam seu perfume ao passante solitário,

Se o pequeno beija-flor se aproxima;

É bem vindo em teu seio.


Gosto da simplicidade das flores

Em silêncio germinam.

E no silêncio do alvorecer conquistam seus amantes;

E com um pouco mais de silêncio se tornam majestosas.


Porém, a morte logo vem.

Arrebatadora, forte, ela vem.

O que restará das flores é somente o silêncio,

Não resistem, não hesitam, não ressentem,

Elas simplesmente vão.


Sinto inveja das flores.


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