Dos rios esquecidos
Alcançou-me a alma
Tão leve brisa
Disparate eterno
Desejo e compromisso
Ânsia e infância
Da margem triste
Rios inteiros
saudades de você.
29 de ago. de 2012
Vivências #35
Na cadência dos passos
Ainda é noitinha
Na rua ladeada pelo cemitério
A vida recomeça sua lida
Ainda é noitinha
Na rua ladeada pelo cemitério
A vida recomeça sua lida
Vivências #34
Dos tempos idos
Custou-me esquecer
Dos beijos que roubei
Entre uma brincadeira e outra
Das conversas intermináveis
No portão do teu pai.
Tão longa as noites de inverno
Esperando simplesmente
O amanhecer dos olhos teus
Custou-me esquecer
Dos beijos que roubei
Entre uma brincadeira e outra
Das conversas intermináveis
No portão do teu pai.
Tão longa as noites de inverno
Esperando simplesmente
O amanhecer dos olhos teus
28 de ago. de 2012
Vivências #33
O vazio da tua existência
Cala a vida dentro em mim.
Um abismo e uma queda
Incessantemente
Inebriado de silêncio e escuridão
Procuro indefinidamente
Os óculos quebrado
Tudo se esvaiu
Da vida que verteu sonhos
Foram queimados
A chama da vela solitária
Assim a própria vida
Solitária, serena e frágil.
Por hoje, não quero
Manhãs de sol aberto.
Não, não me encomendes
à brisa do mar.
Sou areia esquecida entre rochas
Lembranças inconclusas, incertas
Funeral em manhãs de primavera
Perdidos enlutados
Divagam a sombra do pensamento
Mas, não é apenas um anoitecer?
Cala a vida dentro em mim.
Um abismo e uma queda
Incessantemente
Inebriado de silêncio e escuridão
Procuro indefinidamente
Os óculos quebrado
Tudo se esvaiu
Da vida que verteu sonhos
Foram queimados
A chama da vela solitária
Assim a própria vida
Solitária, serena e frágil.
Por hoje, não quero
Manhãs de sol aberto.
Não, não me encomendes
à brisa do mar.
Sou areia esquecida entre rochas
Lembranças inconclusas, incertas
Funeral em manhãs de primavera
Perdidos enlutados
Divagam a sombra do pensamento
Mas, não é apenas um anoitecer?
Vivências #32
Tuas mãos
Minhas costas
Unhas que sulcaram
Silêncios e palavras
Das profundezas, incertezas arraigadas ao ser
Tor-na-ram - se
vivências intrínsecas
Uma leitura acessível
Apenas em nós
Lábios
Lamentos
Livres
Leve
Minhas costas
Unhas que sulcaram
Silêncios e palavras
Das profundezas, incertezas arraigadas ao ser
Tor-na-ram - se
vivências intrínsecas
Uma leitura acessível
Apenas em nós
Lábios
Lamentos
Livres
Leve
Vivências #31
Durmo com um único pedido e anseio:
Que sejamos felizes. E quando a bela
alegriar passar por nós, que possamos
reconhecê-la, ainda que disfarçada na dor.
Vivências #31
Eu vivo mesmo é de recomeços,
Todos os caminhos que morrem...
recomeçam em mim. Vivo todo dia
o deixar, reencontrar e perder de novo...
15 de ago. de 2012
Vivências #30
Das amoreiras,
Colhíamos frutos
Expremíamos por entre os dedos
Pra vermos toda cor
Daquelas alegrias
Colhíamos frutos
Expremíamos por entre os dedos
Pra vermos toda cor
Daquelas alegrias
14 de ago. de 2012
Vivências #29
Água que desce o rio
Não encontra parada
Navio lançado ao mar
Em noite de tempestade
Folha seca que se foi
Junto da enchurrada
Águas volumosas
Do topo da vida
Cachoeira a baixo.
É um disparate viver.
Não encontra parada
Navio lançado ao mar
Em noite de tempestade
Folha seca que se foi
Junto da enchurrada
Águas volumosas
Do topo da vida
Cachoeira a baixo.
É um disparate viver.
Vivências #28
Banido de mim, eu fui
Do alto dos meus cinco anos,
Abandonei-me da vida que vertia
Escondido em um sorriso terno
Esperei por teus braços que
Não me alcançaram
Na gruta da alma frágil
Foram dias e dias de chuva
Os trovões ressoam ao longe
A voz do tempo que a tudo vence
A primavera, lembrança primeira,
da flor murcha que desistiu de renascer
Os galhos secaram o hálito
O frescor... o frescor... mas,
A que chamávamos frescor?
Do alto dos meus cinco anos,
Abandonei-me da vida que vertia
Escondido em um sorriso terno
Esperei por teus braços que
Não me alcançaram
Na gruta da alma frágil
Foram dias e dias de chuva
Os trovões ressoam ao longe
A voz do tempo que a tudo vence
A primavera, lembrança primeira,
da flor murcha que desistiu de renascer
Os galhos secaram o hálito
O frescor... o frescor... mas,
A que chamávamos frescor?
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